domingo, 7 de novembro de 2010

Longe

Longe de casa, talvez não tenha mais casa, minha casa era teus braços agora estou na estrada procurando a cada curva um sinal que estou chegando perto de você. Pura ilusão, pois não sei bem onde estou. Meu mapa era teus olhos e agora sem poder olhar pra eles fico cego sem direção, tento evitar ir ao encontro a você pra não me perder cada vez mais. Mas se é isso que enche meu peito, prefiro perder a vida me machucando, do que viver vazio por dentro. Só assim posso ter certeza que não estou morto, ou sonhando.

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Não estou morto, apenas fui ferido.

Hoje, resolvi enfrentar meu medo, medo de ferir-me com o passado, medo de não conseguir segurar as lagrimas, que vem aos meus olhos os fazendo entrarem em erupção, como se fossem um vulcão de emoções onde a única certeza, é não ter certeza do que você sente.

Me pego olhando pra você, e pensando como estamos longe um do outro, e ao mesmo tempo eu penso como essa distância te trás cada vez mais para perto de mim.

Tentando esconder teus sentimentos, me vi perdido, sem saber pra onde correr. Queria desmanchar a barreira que existia entre nós dois, e mostrar quem realmente voltei a ser.

Contei histórias que você não fazia parte, nem mesmo com personagem coadjuvante. Lembrei de coisas pra ver se algo derretia esse teu gelo.

Mas foi um abraço, que me mostrou o que eu queria saber.

Então não desistirei de lutar, toda vez que paro nesse abismo de solidão, penso se devo ou não me atirar de ponta a cabeça e nunca mais conseguir subir ele, pois sozinho não consigo a ir a lugar nenhum. A guerra só acaba quando meus olhos fecharem e meu coração parar de bater.

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Esquinas

A cada esquina lembro de momentos, a cada momento lembro de uma esquina!


Memórias insistem em me perseguir por onde ando. Mas por onde eu ando? Tu me perguntas. Ando nas mesmas ruas que tu, e basta um pequeno imprevisto pra fazer com que a gente se esbarre juntos nas lembranças. Pedir pra esquecer, seria covardia, pois sei que um dia esses momentos, que passam como um flash na minha memória, já fizeram eu sentir prazer de está vivo. Hoje já não posso mais dizer que sinto prazer, se eu sinto prazer? Eu não sei mais o que sinto, viro um poço de pensamentos onde só ha uma certeza, eu não sei viver longe de ti. Quem sabe se eu tivesse dado ouvidos para quem quis me alertar, ou ao menos tentado entender a sua vida do outro lado da minha. Erros acontecem a todo momento no mundo, um medico, um policial, um político, todos são perdoados, porque eu não posso ser? Será que porque sou o que sinto, e não o que digo?

Mas fico aqui, sem ti ter, sem ti ver. Talvez um dia, como em um filme, eu possa te ver e dizer que me arrependo e ficar tudo bem, por que hoje...

...hoje eu não estou nada bem longe de você, nessa esquina sem ninguem!